Diabetes, da Prevenção ao Gerenciamento

Diabetes, da Prevenção ao Gerenciamento: a doença que afeta milhões de pessoas em todo o mundo, é um problema de saúde que não pode ser ignorado. Com uma prevalência crescente, é necessário entender o que é diabetes, como preveni-lo e como gerenciá-lo efetivamente.

A prevenção do diabetes começa com a conscientização. É importante conhecer os fatores de risco, como histórico familiar, obesidade e sedentarismo, e tomar medidas para mitigá-los. A adoção de um estilo de vida saudável pode desempenhar um papel significativo na prevenção desta doença.

Para aqueles que já foram diagnosticados, o gerenciamento eficaz do diabetes é fundamental. Isso inclui monitoramento regular dos níveis de açúcar no sangue, adesão a medicamentos prescritos e manutenção de uma dieta e rotina de exercícios saudáveis.

Diabetes, da prevenção ao gerenciamento

Diabetes, da Prevenção ao Gerenciamento

Diabetes é uma condição persistente que resulta em altos níveis de glicose no sangue, o que pode causar danos a diversos órgãos se não for controlada. Existem quatro categorias principais de diabetes: a diabetes subclínica, a diabetes de tipo 1, a diabetes de tipo 2 e a diabetes que ocorre durante a gravidez

Pré-diabetes ou Diabetes Sub-clínica.

Este é um quadro de saúde que precede o diabetes tipo 2. Geralmente o nosso corpo começa a dar alguns sinais e principalmente através dos exames de sangue, os níveis de açúcar (glicemia) vão começando a ficar elevados, e os níveis de insulina também. Entretanto ainda não significa um quadro de diabetes instalado.

Portanto a condição do indivíduo é considerada como pré-diabetes se a glicemia em jejum atinge os níveis entre 100 e 125 mg/dl. Para ser considerado diabetes este valor precisa superar os 125 mg/dl. A taxa de glicose considerada normal em jejum, é abaixo de 99 mg/dl.

O pré-diabetes é uma condição que envolve múltiplos fatores, ou seja, diversas causas atuam em conjunto. Portanto, essa situação está associada à produção inadequada ou ao mau desempenho da insulina, um hormônio que regula os níveis de glicose no sangue. Além disso, outros fatores de risco estão associados ao pré-diabetes, como: aumento de peso, antecedentes familiares, histórico pessoal de diabetes durante a gravidez, inatividade física, dieta rica em alimentos com alto teor calórico, carboidratos simples e açúcar

Diabetes tipo 1

O diabetes tipo 1 é uma doença autoimune. Ela aparece geralmente na infância e adolescência mas pode ser diagnosticada tardiamente em adultos também. Então neste tipo de diabetes, o pâncreas é incapaz de produzir insulina devido à destruição das células beta por um processo autoimune. Assim, como consequência, a glicose não é absorvida pelas células e permanece na corrente sanguínea, provocando hiperglicemia e sintomas como fraqueza e fadiga, entre outros. Além disso, o tratamento requer o uso diário de insulina e/ou outros medicamentos para regular a glicose no sangue.

Sintomas do Diabetes tipo 1

  1. Sede excessiva: A pessoa pode sentir muita sede e beber grandes quantidades de água.
  2. Micção frequente: Pessoas com diabetes tipo 1 podem urinar com frequência, muitas vezes durante a noite.
  3. Fome extrema: O organismo não consegue utilizar a glicose adequadamente, levando à sensação de fome constante.
  4. Perda de peso não intencional: Apesar de uma fome aumentada, muitas vezes ocorre perda de peso por falta de glicose para as células.
  5. Fadiga: A carência de glicose pelas células pode causar sensação de cansaço constante.
  6. Mudanças de humor: Pessoas com diabetes tipo 1 podem experimentar mudanças de humor, irritabilidade e problemas de concentração.
  7. Visão turva: Níveis elevados de glicose no sangue podem afetar a visão.

Diabetes, da prevenção ao gerenciamento.

Diabetes tipo 2

Este é o tipo mais comum de diabetes: ocorre quando o corpo não consegue utilizar corretamente a insulina que produz, ou não é capaz de fabricar insulina suficiente para regular a quantidade de açúcar no sangue. A obesidade é o principal fator que contribui para este tipo de diabetes. Embora seja mais comum em adultos, as crianças também podem desenvolver a doença. Dependendo da severidade, pode ser gerenciada com exercícios físicos e uma dieta adequada. No entanto, em alguns casos, pode ser necessário o uso de insulina e/ou outros medicamentos

Os fatores patognomônicos envolvidos nos dois tipos de diabetes são diferentes. No diabetes tipo 1, o sistema imunológico ataca as células do pâncreas responsáveis por produzir a insulina, resultando em uma deficiência de insulina. No diabetes tipo 2, a resistência à insulina é o principal problema. O pâncreas produz insulina, mas o corpo é incapaz de utilizar eficientemente. Assim, com o tempo, a demanda por insulina sobe, e o pâncreas pode não ser capaz de manter a produção suficiente.

Sintomas do Diabetes tipo 2

  1. Sintomas semelhantes aos do diabetes tipo 1, incluindo sede excessiva, micção frequente, fome extrema e fadiga.
  2. Infecções frequentes: Pessoas com diabetes tipo 2 podem ser mais suscetíveis a infecções, como infecções de pele e do trato urinário.
  3. Cicatrização lenta de feridas: A alta glicose no sangue pode prejudicar a capacidade do corpo de cicatrizar feridas adequadamente.
  4. Formigamento ou dormência: Pode ocorrer nas mãos e nos pés devido a danos nos nervos (neuropatia).
  5. Problemas de visão: Diabetes tipo 2 também pode levar a problemas de visão, incluindo retinopatia diabética.
  6. Ganho de peso: Algumas pessoas com diabetes tipo 2 podem ganhar peso inexplicavelmente.

Diabetes gestacional

Finalmente, o diabetes gestacional é um tipo de diabetes que se manifesta durante a gravidez, caracterizado pelo aumento dos níveis de glicose no sangue. Assim, a condição surge devido à resistência à insulina desencadeada pelos hormônios da gestação e, em geral, ocorre no terceiro trimestre.

Sobretudo os riscos da diabetes gestacional para a saúde da mulher e do bebê são notáveis. A princípio, a mãe enfrenta um maior risco de desenvolver pré-eclâmpsia, parto prematuro, diabetes no futuro e aborto. Além disso, mulheres com diagnóstico de diabetes gestacional têm maior probabilidade de evoluir para Diabetes Mellitus tipo 2 (DM2).

Além disso, quanto ao bebê, a exposição a níveis elevados de glicemia e insulina pode levar a um ganho excessivo de peso e ao crescimento desigual de alguns órgãos. Ademais as complicações na gravidez podem variar desde o parto antecipado até a pré-eclâmpsia; o recém-nascido pode ser grande e apresentar problemas como hipoglicemia e dificuldades respiratórias Adicionalmente, os filhos de mães com diabetes gestacional têm maior propensão a desenvolver obesidade e DM2 ao longo da vida.

Diabetes, da Prevenção ao Gerenciamento

Diabetes, controlando o açúcar.

Estratégias Atuais de Controle

Na grande maioria das vezes, as pessoas conseguem controlar o diabetes por meio de uma combinação de medidas, que envolvem fazer alterações no estilo de vida, realizar um monitoramento regular dos níveis de glicose no sangue e, em certos casos, usar medicamentos e/ou insulina..

1. Alterações no estilo de vida: Isso engloba a manutenção de uma alimentação saudável, a prática regular de atividades físicas, o controle do peso corporal, a abstinência de bebidas alcoólicas e o abandono do tabagismo. Indivíduos com histórico familiar de diabetes devem estar particularmente atentos

2. Monitoramento regular dos níveis de glicose no sangue: Esse procedimento é fundamental para manter os níveis de açúcar no sangue dentro da faixa alvo que os médicos recomendam.

3. Uso de medicamentos ou insulina: Em alguns casos, os indivíduos podem necessitar de medicamentos orais ou insulina para auxiliar o corpo a controlar os níveis de açúcar no sangue.

Adicionalmente, o Ministério da Saúde lançou diretrizes de cuidado voltadas para o tratamento do diabetes mellitus e da obesidade em adultos. O projeto inclui uma plataforma interativa e materiais educativos que abordam diversas condições de saúde e estratégias para otimizar a assistência no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS).

Essas medidas são cruciais para garantir o controle eficaz do diabetes e prevenir complicações a longo prazo.

Diabetes, da Prevenção ao Gerenciamento

As estratégias futuras para o controle do diabetes têm como enfoque aprimorar a prevenção, o diagnóstico precoce e o tratamento da doença. Abaixo, destacamos algumas das estratégias emergentes:

1. Tecnologia e Diabetes: O uso de tecnologia na administração do diabetes está se tornando cada vez mais difundido. Isso abrange a utilização de aplicativos móveis para acompanhar os níveis de glicose no sangue, receber lembretes para a ingestão de medicamentos e obter orientações para uma alimentação saudável.

2. Terapia Genética: Pesquisas estão em andamento para o desenvolvimento de terapias genéticas destinadas ao tratamento do diabetes. Isso poderia, em tese, permitir aos médicos corrigir o defeito genético subjacente ao diabetes tipo 1.

3. Novos Medicamentos: Diversos novos fármacos estão sendo desenvolvidos com o intuito de aprimorar o controle da glicose no sangue, minimizando os efeitos colaterais.

4. Educação e Conscientização: Aumentar a educação e a conscientização sobre o diabetes representa uma estratégia fundamental para o futuro. Isso engloba a disseminação de informações sobre os riscos associados ao diabetes, medidas de prevenção e a eficaz gestão da condição.

5. Cuidados Personalizados: Conforme aprofundamos nosso conhecimento sobre o diabetes, fica evidente que uma abordagem padronizada para todos os pacientes não é a mais eficaz. Assim, no futuro, o provável é que teremos um aumento dos cuidados personalizados. Portanto a tendência é que os médicos adotarão tratamentos cada vez mais adaptados às necessidades individuais de cada paciente.

Essas estratégias constituem uma abordagem abrangente para enfrentar o diabetes, com ênfase na prevenção, tratamento e gestão da doença.

Diabetes, da Prevenção ao Gerenciamento

Aplicativos que auxiliam no controle do Diabetes:

As pessoas que vivem com diabetes ou estão em risco de desenvolver a doença estão cada vez mais utilizando aplicativos móveis para monitorar os níveis de glicose. Assim, o surgimento de smartphones e tecnologia móvel torna esses aplicativos uma maneira fácil e conveniente de monitorar os níveis de açúcar no sangue em tempo real. Além disso, os aplicativos de medidores de glicose também fornecem recursos adicionais, como lembretes de medicamentos, rastreamento de atividades físicas e informações nutricionais.

Aqui estão alguns dos melhores aplicativos gratuitos para medir glicose:

1. MySugr: Este aplicativo possibilita o fácil registro dos níveis de glicose no sangue, o monitoramento dos resultados ao longo do tempo e o recebimento de lembretes de medicamentos.

2. Glucose Buddy: Este aplicativo oferece uma plataforma para rastrear os níveis de glicose, alimentos, medicamentos e atividades físicas.

3. One Drop: Os usuários relatam que este aplicativo é fácil de utilizar e tem grande precisão.

4. Glooko: Este aplicativo possibilita a sincronização dos dados de glicose no sangue com diversos medidores de glicose e bombas de insulina.

5. Diabetes:M: Este aplicativo disponibiliza uma variedade de recursos, incluindo o rastreamento de glicose no sangue, carboidratos e insulina.

6. Sugar Sense: Este aplicativo permite rastrear e registrar os níveis de glicose no sangue, assim como as informações relacionadas à alimentação e às atividades físicas.

Finalmente, você pode baixar aplicativos s nas lojas de aplicativos do Android e iOS. Entretanto, antes de iniciar a utilização de qualquer um deles, é fundamental dialogar com seu médico ou profissional de saúde para assegurar sua adequação às suas necessidades individuais

Diabetes, da Prevenção ao Gerenciamento

Ademais no mercado existem também modelos de relógios de pulso que ajudar a medir os níveis de glicose e alertam os usuários nos momentos de alterações perigosas.

Aliás, você conhece o Psyllium? é uma fibra solúvel que além de regular o intestino pode ajudar a controlar o diabetes. Veja o artigo em que falamos sobre ele.

Autor Eliel Pinho, estudante de medicina.

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